Acompanhante passa mal dentro de hospital, mas, sem atendimento, é levada pra UPA pelo marido

Parece mentira, mas o fato aconteceu em Assis, no terceiro andar do Hospital Regional, na manhã de domingo, dia 23 de dezembro.

Uma mulher de 45 anos de idade, acompanhante de uma paciente que passou recentemente por uma delicada cirurgia, sentiu-se mal, tendo crises respiratórias e ânsia de vômito.

Decidiu pedir socorro para algumas enfermeiras que estavam próximas ao quarto, mas teve como resposta: “Não podemos atendê-la”.

Temendo que a situação pudesse se agravar, mesmo com dificuldades para respirar e se comunicar, ela conseguiu telefonar ao marido, que acabara de entrar no serviço.

O marido, frentista em um posto de combustíveis, fez a pergunta que qualquer um faria num primeiro momento: “Ninguém no hospital pode lhe socorrer. Nem medir sua pressão?”

“Não” – Foi a resposta!

O marido pediu ao colega de serviço que ‘segurasse as pontas’ e, rapidamente, se dirigiu ao hospital.

Quando chegou ao quarto, repetiu à enfermeira a mesma pergunta que a esposa tinha feito. A resposta foi a mesma, mas em tom mais ríspido: “Não! Já dissemos que ninguém pode medir a pressão dela,” teria respondido uma ‘chefe’, imagina o indignado marido.

“Leve ela até a Santa Casa. Aqui não podemos fazer nada”, completou a resposta, uma outra funcionária.

A pressa em socorrer foi maior do que a indignação do frentista, que decidiu conduzir a esposa, em seu próprio carro, até à Unidade de Pronto Atendimento do Jardim Aeroporto.

Exatamente às 7h36, a paciente, sentada numa cadeira de rodas disponibilizada pela unidade, deu entrada para receber o primeiro atendimento.

“Em poucos minutos, ela teve a pressão aferida, passou pelo médico e foi medicada”, agradeceu o marido.

Por ter percebido a ‘cor vermelha’ no prontuário entregue na recepção da UPA, o frentista acredita que o quadro da esposa era ‘emergência’.

“Como pode uma pessoa, dentro de um hospital, ter um problema de saúde e não ser atendida? Tem alguma coisa errada no sistema. Imaginei que, pelo bom senso ou humanidade, ao menos, poderiam ter auferido sua pressão. É o fim, mesmo!”, protestou.

Em contra-partida, o frentista fez questão de agradecer a rapidez e atendimento prestados à esposa na Unidade de Pronto Atendimento do Jardim Aeroporto. “É bom saber que algo funciona nessa cidade”, finalizou.

RESPOSTA – O Jornal da Segunda On Line entrou em contato com a direção do Hospital Regional de Assis para tentar saber se o procedimento adotado pela equipe de enfermagem foi o correto.

Até o fechamento da reportagem, não tínhamos recebido resposta.

Assim que as ‘explicações’ chegarem, estaremos publicando.

hospital regional de assis

 

 

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