APEOESP denuncia risco de contaminação nas escolas e apresenta número de professores afastados na região

Professores da rede estadual ligados à Apeoesp, que é o sindicato da categoria, continuam protestando para denunciar o descumprimento de decretos que suspendem as atividades presenciais nas escolas na região da Diretoria de Ensino de Assis.

“Muitas escolas insistem em descumprir a lei ao convocarem professores, funcionários e alunos para atividades no interior das escolas, mesmo diante da realização do trabalho remoto por todos”, relatam.

Um dos exemplos de descumprimento da legislação, segundo eles, aconteceu na cidade de Tarumã, onde a Escola Estadual ‘David Luz’ manteve as atividades presenciais por uma semana após a publicação do decreto. “Somente sob muita pressão dos professores, os gestores decidiram pelo cumprimento da lei. O resultado desse descaso pode significar o aumento do número de contaminados na região”, dizem.

Nesta segunda-feira, dia 8 de março, foi realizado um ato público para celebrar o ‘Dia de luta da mulher trabalhadora’, quando os manifestantes pediram ‘Fora Bolsonaro’, segundo os manifestantes “responsável pela ausência de políticas de combate à pandemia”, acusam.

Os educadores realizaram performances em homenagem às vítimas da Covid-19, colocando uma coroa de flores em frente à Prefeitura Municipal e exibindo cruzes e faixas com os nomes das escolas onde houve contaminações na praça da Catedral.

A Apeoesp informa que os professores estaduais mantêm uma ‘greve pela vida’, iniciada dia 8 de fevereiro, além de incessantes campanhas junto aos poderes públicos para garantir que, ao menos, “essa segurança a população possa ter no pior momento da pandemia em nossa cidade e no País”, pedem.

Segundo levantamento feito pelos representantes dos professores, no período de 21 dias, 25 professores, de 13 escolas, foram afastados de suas funções após apresentarem suspeita de COVID-19. Os números foram obtidos por meio dos atestados médicos publicados no Diário Oficial entre 17 de fevereiro e 9 de março.

“O levantamento é apenas uma amostragem e não dá conta da realidade do risco que representa a reabertura das escolas neste momento. Primeiro, porque muitos professores tiveram o atestado médico registrado em uma escola, mas lecionam em várias outras. Segundo, porque não há informações sobre os casos suspeitos envolvendo servidores, alunos e demais membros da comunidade escolar que estiveram em atividades presenciais desde a reabertura das escolas, embora seja de conhecimento dos professores que tais casos existiram”, explicam.

O Sindicato dos professores denuncia que “a maioria das escolas permaneceu aberta e não informou a comunidade escolar sobre a ocorrência de casos suspeitos, contrariando os protocolos estabelecidos pela Secretaria de Estado de Saúde, que seria de afastamento de todos que tiveram contato com as pessoas com suspeição de contaminação”, afirma a entidade.

Segundo eles, de acordo com dados da própria Secretaria Estadual de Educação, no primeiro mês de aulas presenciais foram confirmados, nas redes pública e privada do estado, 4084 casos de COVID-19 e a morte de 21 pessoas, entre professores, alunos e funcionários em decorrência da doença.

“A luta dos professores é em nome da vida. Precisamos debater com a sociedade como manter o ensino remoto sem promover a exclusão dos mais pobres e como garantir a função social da escola nesse momento tão difícil, sem colocar vidas em risco”, discursam os professores ligados à Apeoesp.

Segue levantamento dos professores afastados por suspeita de Covid-19 em escolas da região de Assis, de acordo com os atestados médicos publicados no Diário Oficial:

EE Dr. Clybas Pinto Ferraz – Assis

• 01 professora afastada

EE Profª. Lourdes Pereira – Assis

• 01 professora afastada

EE Profª. Leny Barros da Silva – Assis

• 03 professoras afastadas

EE Profª. Lea Rosa Melo Andreghetti – Assis

• 01 professora e 01 professor afastados

EE Prof Leo Pizzato – Assis

• 01 professora afastada

EE Profª. Cleophania Galvão da Silva – Assis

• 01 professora afastada

EE Maria Magdalena de Oliveira Dona Cota – Tarumã

• 06 professoras e 01 professor afastados

EE Vila do Lago – Tarumã

• 01 professora afastada

EE Diva Fegueiredo da Silveira – Paraguaçu Paulista

• 01 professora afastada

EE Profª. Adalgisa Cavezzale de Campos – Palmital

• 03 professoras e 01 professor afastados

EE Prof. Teofilo Elias – Florínea

• 01 professor afastado

EE Prof, Dr. Antonio de Benedictis – Pedrinhas Paulista

• 01 professora afastada

EE Antonio de Almeida Prado – Iepê

• 01 professora afastada

10 março protesto

Ato dos professores em frente a Catedral de Assis

Imagem: Apeoesp

 

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